Os números da morte
Os números da morte
A triste estatística das mortes no trabalho aumentou nessa terça-feira (13/11). O trabalhador Leonel Quintela Soares, de 45 anos, morreu soterrado, quando fazia a limpeza e manutenção de um silo de armazenamento, no Porto de Paranaguá, no litoral paranaense. Leonel Marreta, como era conhecido pelos companheiros de trabalho, estava no Silo Vertical, na região do Portão 7, quando foi soterrado por soja que estava armazenada em uma das células da estrutura. Outro funcionário que estava no mesmo espaço conseguiu escapar sem ferimentos.
O Instituto Médico Legal (IML) esteve no local junto com as equipes de Criminalística da Polícia Cível. Acompanharam o caso a Polícia Militar e integrantes da Guarda Portuária.
Leonel era angolano, naturalizado brasileiro e integrava os trabalhadores da Associação dos Operadores Portuários do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (AOCEP), e residia no Jardim Ouro Fino, em Paranaguá.
“Infelizmente esse é mais um trabalhador que perde sua vida desenvolvendo sua atividade laboral. Essa triste estatística leva o Brasil a um dos países com o maior número de mortes no trabalho”, lembrou o presidente da FETRACOOP, Clair Spanhol. O presidente da federação destacou ainda que campanhas como a do Abril Verde têm de ser amplamente divulgadas. “Nossa preocupação, e a de todos os sindicatos filiados à federação, é a manutenção da vida dos trabalhadores. Cabe aos empregadores fornecerem o devido EPI (equipamento de proteção individual) e cobrar de seus funcionários o uso correto, assim como respeitar as coordenadas de segurança no ambiente de trabalho. Não podemos mais ter trabalhadores que saem de manhã para o trabalho sem saber se voltarão para seu lar no final do expediente”, disse Clair.
Post Mario de Gomes – assessoria de imprensa
Em 14/11/2018
Ilustração: arquivo FETRACOOP