Centrais sindicais discutem MP para corrigir texto da nova Lei Trabalhista

Centrais sindicais discutem MP para corrigir texto da nova Lei Trabalhista

Reunidos na sede da União Geral dos Trabalhadores-UGT (central sindical à qual a Fetracoop é filiada), em São Paulo (SP), na tarde de segunda-feira (04/9), os presidentes da UGT, CTB, Nova Central, CSB e Força Sindical, contando com a presença do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), debateram a ampliação da unidade das entidades para vencer a profunda crise que o Brasil está vivendo.

Entre as ações que foram discutidas, os sindicalistas pautaram a formulação da Medida Provisória (MP), que busca corrigir pontos aprovados na nova Lei Trabalhista e que são extremamente danosos para a classe trabalhadora.

Os líderes sindicais discutiram a inclusão de algumas propostas, principalmente no que se refere ao trabalho intermitente e a permissão para que mulheres gestantes possam trabalhar em locais insalubres.

Outros pontos abordados na reunião propõem que a fundação de sindicatos só poderá acontecer mediante unanimidade no Conselho Nacional do Trabalho, visando acabar com a chamada “fábrica de sindicatos”; a instituição que não negociar com o patronal em um período de dois anos perde sua carta sindical; e o quórum para validar assembleias sindicais, que foi debatido em torno da presença de 10% das categorias, podendo ser feito em mais de uma convocação, diferentemente do que ocorre hoje, em que o chamamento é para um único encontro.

De qualquer forma, no dia 11 de setembro as centrais sindicais, juntamente com entidades patronais terão um encontro com o presidente Michel Temer para discutir os últimos detalhes da MP que será editada.

“É imprescindível que o governo publique o quanto antes essa MP acabando com as grandes distorções que a reforma trabalhista irá causar aos trabalhadores num todo”, destacou o presidente da Fetracoop, Clair Spanhol. Para o dirigente da federação, a reforma trabalhista, de um lado, foi  feita apenas para que os empresários explorem ainda mais a mão de obra, e de outro, oprimindo a organização sindical, que são as únicas entidades livres em defesa da classe trabalhadora. “Se essa MP não corrigir essas distorções, o Brasil corre o grande risco de entrar num obscuro regime escravagista, com trabalhadores trocando trabalho por pão”, sentencia Spanhol.

 

Post Mario de Gomes – assessoria de imprensa
Em 05/09/2017
Foto: UGT Nacional