Plenária Estadual da UGT-PR define rumos para 2013.
Plenária Estadual da União Geral dos Trabalhadores do Estado do Paraná - UGT-PARANÁ, realizada na terça-feira, 20 de novembro, em Maringá (PR), além de debater temas pertinentes ao mundo do trabalho e da central, comemorou o Dia da Consciência Negra. Esse encontro contou com a presença de mais de 100 dirigentes membros da executiva estadual e marcou também a inauguração oficial da sede da Regional Noroeste da UGT-PARANÁ. Essa é quarta regional da central no estado. “Começamos com 10 sindicatos e hoje já temos 17 sindicatos filiados na região”, destacou o presidente da Regional Noroeste, Leocides Fornazza, presidente do Sindicato dos Comerciários de Maringá (filiado à UGT). No Paraná, a UGT tem em seu quadro de filiados mais de 180 sindicatos das mais diversas categorias de trabalhadores, de profissionais autônomos e movimentos comunitários e sociais, representando mais de 1 milhão de trabalhadores. Nessa Plenária da UGT-PARANÁ foi apresentado um balanço da participação da central nas eleições municipais 2012. Com a presença de diversos vereadores eleitos e que compõem as bases sindicais da UGT-PARANÁ, falou-se das dificuldades enfrentadas pelos candidatos e as conquistas alcançadas no cenário político de diversas cidades paranaenses. “Os candidatos trabalhistas, ao contrário dos que representam os grupos econômicos nacionais e multinacionais, penam com a falta de recursos financeiros para suas campanhas. Mas mesmo assim, vencendo as dificuldades temos companheiros aqui presentes que conquistaram a confiança dos eleitores, e já estão no segundo mandado no legislativo municipal, como é o caso do vereador José Carlos (Foz do Iguaçu)”, lembrou Paulo Rossi, presidente da UGT-PARANÁ. Também estiveram presentes os vereadores eleitos e dirigentes da UGT-PARANÁ, Marcio Costa (Paranaguá), Luiz Pereira (Maringá), Dill (Cafelândia) e o primeiro suplente e presidente da Regional Litoral da UGT-PARANÁ, Jaime da Saúde (Paranaguá). O presidente da UGT-PARANÁ, fez questão de lembrar ainda do vereador Ozéias (Cafelândia) que não pode comparecer. Após o balanço da participação dos dirigentes da UGT-PARANÁ no processo eleitoral, foram debatidas questões pertinentes ao TAC - Termo de Ajuste de Conduta a ser firmado entre a UGT-PARANÁ e o Ministério Público do Trabalho sobre a Contribuição Assistencial; a participação das mulheres na estrutura sindical da UGT; além de ser apresentado o planejamento estratégico da central para 2013, com a aprovação contábil de 2012 e a projeção orçamentária para o próximo ano. TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA Com base num estudo elaborado pelo departamento jurídico do SITRO - Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (filiado à UGT), foi apresentada uma proposta do TAC, cujas entidades filiadas à UGT poderão aderir, caso tenham interesse. O presidente do SITRO, Moacir Czeck lembrou aos dirigentes da UGT que essa é ainda uma proposta a ser finalizada e que com certeza irá auxiliar todos os sindicatos filiados. “Evidentemente que se algum sindicato conseguiu firmar acordo estabelecendo parâmetros melhores, poderá manter os termos já assinados, sem prejuízos para sua entidade. Essa proposta de TAC poderá ser seguida pelos sindicatos que foram prejudicados por acordos mal interpretados por alguns procuradores do Ministério Público do Trabalho”, destacou o presidente da UGT-PARANÁ. Ao falar sobre a participação das mulheres na UGT, a secretária nacional da Mulher da UGT, Eleuza de Cássia Bufelli, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Bordado de Ibitinga (SP) fez questão de homenagear o Dia da Consciência Negra, comemorado dia 20 de novembro. “Para nós, da UGT, quando discutimos gênero também discutimos a diversidade, e é intolerável que no Brasil, em pleno Século 21, as mulheres que representam mais de 52% da população ainda sejam tratadas com descaso. E isso ainda é muito mais grave quando avaliamos a população afro-descendente”, disse Cássia. A secretária nacional da Mulher lembrou que a UGT é a central que mais vem compondo com as mulheres seus cargos diretivos, possibilitando amplos debates. “Mesmo assim temos de avançar mais, unindo sindicatos, movimentos comunitários e sociais, promovendo e valorizando o papel da mulher na construção de uma sociedade de fato igualitária”, destacou a secretária. Para a secretária da mulher da UGT-PARANÁ, Elizabete Madrona, os dirigentes sindicais precisam promover as mudanças que a sociedade está cobrando, e as mulheres precisam ter de fato o direito de participar dessas mudanças. “Queremos em todas as reuniões da UGT e das entidades filiadas termos espaço para debatermos os problemas do cotidiano e da política que afetam a vida de milhares de trabalhadoras”, disse Bete. Ao encerrar os trabalhos, o presidente da UGT-PARANÁ fez questão de agradecer o apoio das federações e entidades filiadas. “A UGT está mostrando porque é a maior central no estado do Paraná, pois nós debatemos e discutimos com as bases políticas que visam o bem-estar da classe trabalhadora”.