Com acordo ou decisão judicial, greve dos Correios deve acabar nesta terça-feira.
Iniciada no dia 14 de setembro, a greve nos Correios deve terminar nesta terça-feira (11) seja por um acordo de última hora entre trabalhadores e a direção da estatal ou por decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O impasse reside no valor do aumento real a ser concedido e no desconto no salário para os dias de paralisação até agora. Aproximadamente 160 milhões de correspondências deixaram de ser entregues no prazo por conta da paralisação de 28 dias. Em assembleias, os funcionários rechaçaram uma proposta acertada entre a direção dos Correios e sindicalistas. Por conta do impasse, o presidente do TST, João Oreste Dalazen, decidiu que o dissídio coletivo seria definido em julgamento –o que pode levar os trabalhadores a arcarem com todos os dias parados. “Diante desse impasse, o tribunal vai resolver essa questão de uma vez”, disse ele, após a tentativa frustrada de acordo na semana passada. Na segunda-feira (10), houve uma nova tentativa de diálogo: o relator do julgamento, ministro Mauricio Godinho Delgado, encontrou-se separadamente com diretores da empresa e da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares). A estatal reiterou apoio a propostas feitas por conciliadores do TST, mas os sindicalistas as rejeitaram. A principal discordância está no desconto dos dias sem trabalho. Os Correios querem abater ao menos seis dias dos pagamentos dos funcionários até o fim de 2012, mas os empregados não aceitam a proposta. Dalazen já afirmou que a jurisprudência do TST pode obrigar os funcionários a uma compensação ainda maior. “O julgamento é às 16h [desta terça-feira], até lá temos esperança. Estamos conscientizando os trabalhadores de que a decisão é deles, mas também que o julgamento é um risco”, disse ao UOL Notícias o secretário-geral do sindicato, José Rivaldo. Até agora, o sindicalista não tem previsão de um encontro com os dirigentes dos Correios antes do julgamento. Os Correios afirmam que a greve atinge 20% dos seus funcionários. Os grevistas dizem que a adesão chega a 70%. Cerca de 35 mil dos 107 mil servidores da estatal estão trabalhando aos finais de semana para compensar os atrasos nas entregas. Fonte: Site; UOL, (11/10/2011).