Em nível mundial, salário mínimo brasileiro está entre os menores
Relacionado entre 48 países, o salário mínimo do Brasil, de R$ 788, figura na 32ª posição, longe dos mais altos, como o da Austrália ou de Luxemburgo, que ultrapassam os R$ 5.000. No entanto, quando comparado ao mínimo de nações como Senegal, Ucrânia e Peru, onde as remunerações não passam de R$ 650, o piso brasileiro não é dos piores.
Abaixo, lista dos valores de países informados pela Federação Internacional de Empregadores (The Federation of International Employers – FedEE Global). Os números de algumas nações são aproximados, já que há diferentes leis trabalhistas em vigor, que consideram números diversos de horas trabalhadas por semana. Os valores foram convertidos em reais, de acordo com a cotação de 19 de janeiro de 2015, do Banco Central.
RANKING DOS SALÁRIOS, por ordem crescente
Senegal: R$ 166,76
Moldávia: R$ 200,85
Ucrânia: R$ 200,85
Rússia: R$ 224,44
Belarus: R$ 276,64
Albânia: R$ 455,28
Bulgária: R$ 467,64
Sérvia: R$ 499,45
Kosovo: R$ 518,28
Montenegro: R$ 588,40
Macedônia: R$ 600,76
Peru: R$ 643,36
Colômbia: R$ 685,61
Marrocos: R$ 686,00
China: R$ 767,68
Brasil: R$ 788,00
Chile: R$ 938,92
Hungria: R$ 968,211
Letônia: R$ 975,58
República Tcheca: R$ 1.004,64
Eslováquia: R$ 1.073,14
Estônia: R$ 1.082,29
Polônia: R$ 1.184,40
Croácia: R$ 1.195,58
Turquia: R$ 1.350,01
Argentina: R$ 1.438,85
Portugal: R$ 1.539,59
Taiwan: R$ 1.605,25
Grécia: R$ 1.785,87
Espanha: R$ 1.977,39
Venezuela: R$ 2.036,27
Malta: R$ 2.141,16
Eslovênia: R$ 2.389,14
Chipre: R$ 2.817,00
Andorra: R$ 2.932,85
Áustria: R$ 3.048,70
EUA: R$ 3.297,10
Islândia: R$ 4.063,68
Reino Unido: R$ 4.350,31
França R$ 4.406,53
Germany: R$ 4.491,74
Irlanda: R$ 4.571,01
Holanda: R$ 4.578,54
Bélgica: R$ 4.754,08
Nova Zelândia: R$ 5.044,48
Luxemburgo: R$ 5.856,64
Austrália: R$ 5.991,87
Até 2016, riqueza de 1% deve passar outros 99%, no planeta
A partir do ano que vem, os recursos acumulados pelo 1% mais rico do planeta ultrapassarão a riqueza do resto da população, segundo estudo da organização não-governamental britânica Oxfam. Tal riqueza subiu de 44% do total de recursos mundiais, em 2009, para 48%, no ano passado, segundo o grupo. Em 2016, o patamar pode superar 50%, caso seja mantido o ritmo atual de crescimento.
O relatório, divulgado às vésperas da edição de 2015 do C de Davos, na Suíça, de 21 a 24/01, sustenta que a "explosão da desigualdade" está dificultando a luta contra a pobreza global.
DESIGUALDADE
A concentração de riqueza também se observa entre os 99% restantes da população mundial, pois detém 52% dos recursos mundiais.
Porém, 46% estão nas mãos de cerca de um quinto da população, fazendo com que a maior parte da população seja dona de apenas 5,5% das riquezas mundiais.
Em média, os membros do segmento tiveram renda anual individual de US$ 3.851 (cerca de R$ 10.000), em 2014.
Já entre os que integram o segmento 1% mais rico, a renda média anual é de US$ 2,7 milhões (R$ 7 milhões).
Para a Oxfam, é necessário tomar medidas urgentes para frear o "crescimento da desigualdade". A primeira delas a evasão fiscal praticada por grandes companhias.
Fonte: G1 e BBC
(Emilly Andrade / FETRACOOP-PR)