Dilma cobra empenho e promete não mexer em direitos trabalhistas
A presidente Dilma Rousseff defendeu as medidas econômicas tomadas pelo governo. Na terça-feira (27), durante a primeira reunião ministerial do segundo mandato, ela disse que não vai mexer em direitos trabalhistas e cobrou dos ministros mais empenho no que chamou de "batalha da comunicação".
Foi o primeiro pronunciamento da presidente desde a posse, no dia 1º de janeiro. Ela abriu a reunião defendendo as últimas medidas econômicas: cortes no orçamento e aumento de impostos.
Dilma Rousseff rebateu críticas da oposição sobre as mudanças em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e a pensão por morte, que passaram a ter novos prazos de carência e concessão de benefício. Com as medidas, o governo espera economizar R$ 18 bilhões, mas para a presidente, esse ajuste não significa mexer em direitos trabalhistas. “Os direitos trabalhistas são intocáveis e não será o nosso governo, um governo dos trabalhadores, que irá revogá-los”, declarou a presidente.
Dilma disse ainda que esse rearranjo nas contas do governo trará benefícios para o país e que essas medidas não significam mudança de postura em relação à campanha eleitoral. “Não alteramos em um só milímetro o nosso compromisso com o projeto vencedor na eleição”, disse.
A presidente reafirmou o compromisso com o controle da inflação. “Em nenhum momento no meu primeiro mandato nós descuidamos de seu controle e, por isso, ela foi mantida sempre no limite do regime de metas”.
A presidente prometeu ainda ampliar a participação da iniciativa privada em projetos de infraestrutura e falou sobre corrupção. Dilma afirmou que, no mês que vem, deve enviar ao Congresso propostas para tornar mais rigorosa a punição de servidores públicos corruptos. Ao falar especificamente sobre a Petrobras, Dilma disse que a empresa vem passando por um processo de reorganização para melhorar os mecanismos de controle interno e que é preciso punir as pessoas, não as empresas. “As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas, não as empresas”.
Fonte:G1
(Emilly Andrade / FETRACOOP-PR)