Nenhum direito a menos!
A greve do dia 30 de junho, no Paraná, foi marcada por mobilizações em diversas cidades do interior, além da capital paranaense. Em Curitiba, mais de 10 mil trabalhadores se reuniram na Boca Maldita, área central da cidade e que, historicamente, marca o início da marcha nacional pelas Diretas Já.
“Foi aqui, nesse mesmo espaço, que o Brasil viu dar início a uma das maiores mobilizações nacionais de resgate à democracia, quando lideranças sindicais, políticas e eclesiásticas convocaram a população brasileira para a grande marcha pelas Diretas Já, em 1984”, lembrou o presidente do Sintec-PR, sindicato filiado à UGT e que representa os técnicos industriais do Paraná, Solomar Rockembach. O dirigente sindical destacou a importância dessa grande mobilização nacional que está sendo feita em defesa dos direitos trabalhistas, prestes a serem aniquilados pelo Congresso Nacional a mando dos empresários. “Essa reforma da Previdência e trabalhista foram gestadas nas suntuosas salas da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), por empresários inescrupulosos que compram o voto de deputados e senadores da República, haja vista a divulgação recente de uma grande relação de parlamentares financiados por um dos grupos empresariais de maior destaque no Brasil e no exterior”, disse Rockembach.
Além da manifestação em Curitiba, as regionais da UGT em Londrina, Maringá, Cascavel e em Paranaguá organizaram passeatas, encontros e panfletagem. O presidente e da Regional Norte (Londrina), Éder Pimenta, esteve à frente das manifestações realizadas no Calçadão dessa importante cidade do norte paranaense. No noroeste do estado, em Maringá, o sindicalista, presidente da Regional Noroeste da UGT, Leocides Fornazza coordenou as ações conjuntas com sindicatos e outras centrais sindicais, que começou com uma manifestação em frente ao prédio do INSS nessa cidade. Em Cascavel o presidente da Regional Oeste, Antônio Vieira Martins integrou a coordenação de um debate realizado no auditório da Unioeste (Universidade do Oeste), sobre as reformas da Previdência e trabalhista.
Dirigentes sindicais da UGT de outras importantes cidades do estado estiveram à frente de manifestações: em Guarapuava, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Paranavaí e Ponta Grossa.
“O governo Michel Temer se faz de surdo, mas espero que Brasília entenda o recado dado pelos trabalhadores: não queremos essa malfadada reforma trabalhista e muito menos a da Previdência. Queremos a renúncia desse governo que apresenta-se afundado numa lodaçal de corrupção, sem nenhuma moral para comandar o País, muito menos para implantar qualquer tipo de reforma”, disse o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, que acompanhou as manifestações em Paranaguá, no litoral paranaense.