Reforma trabalhista é tema de encontro sindical na Fetracoop
Reforma trabalhista é tema de encontro sindical na Fetracoop
Dirigentes de sindicatos de trabalhadores em cooperativas do Brasil estiveram reunidos na manhã dessa terça-feira (7/11)a, na sede da Fetracoop, em Curitiba (PR). Na pauta do encontro foi discutida a reforma trabalhista, que deverá entrar em vigor ainda na primeira quinzena de novembro, e as estratégias do movimento sindical com a vigência dessa lei. Participaram da reunião dirigentes de sindicatos do Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
“Essa reforma trabalhista, além de tirar vários direitos dos trabalhadores, tem diversos pontos conflitantes, o que poderá gerar, num futuro próximo, uma enxurrada de ações trabalhistas”, destaca o presidente da Fetracoop, Clair Spanhol.
“ Estamos estudando profundamente essa reforma para responder aos tantos questionamentos que nossas bases de cooperários e cooperárias têm. Evidente que a manobra empresarial foi tentar afastar a instituição sindical dos trabalhadores, mas estamos traçando estratégias para que nossos associados sofram o mínimo possível”, diz Spanhol.
Para Joel Martins Ribeiro, diretor da federação, o que os trabalhadores não podem fazer é se afastar de seus sindicatos, pelo simples apelo de deixar de pagar a contribuição sindical: “a organização sindical, que é a legítima representante dos trabalhadores vem sofrendo ataques patronais constantemente. Mas com essa reforma, houve a clara tentativa de desmobilizar a estrutura sindical no Brasil”, alerta Joel.
No Paraná a diversidade de cooperativas, nos vários setores da economia, exige uma atenção redobrada, lembra Rogério Kormann, diretor da Fetracoop. “Temos trabalhadores em toda pirâmide produtiva do sistema cooperativista, abrangendo cooperativas de trabalhadores em planos de saúde, de trabalhadores em cooperativas de crédito e nas cooperativas de plantio e de beneficiamento agropecuário, e cada segmento com suas especificidades, serão atingidos por essa deformação trabalhista promovida pelo desgoverno Temer”.
A organização nacional dos trabalhadores em cooperativas foi defendida pelo diretor da Fetracoop, Beno Schoroder: “o cooperativismo é uma das maiores engrenagens de desenvolvimento do País, e os cooperários e cooperárias são a base de sustentação de todo esse sistema. Por isso é importante uma grande mobilização nacional mostrando força e união da categoria”.
O secretário Geral da Fetracoop, José Altair Constantino falou da reunião como um marco para a organização sindical dos trabalhadores em cooperativas: “a união sindical desses estados (Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), é apenas o início de uma grande mobilização nacional. Com certeza outros estados irão se unir a esse movimento”.
“Esse encontro serviu para termos uma visão abrangente da organização da Fetracoop e traçarmos estratégias em comum, com sindicatos de outros estados, para enfrentarmos as adversidades que virão com essa reforma trabalhista”, frisou Everton Brito, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas do Rio Grande do Sul.
“ Temos de fazer um grande movimento brasileiro de cooperários e cooperárias, mostrando ao governo o quanto nossa categoria é importante para o desenvolvimento do País, e a Fetracoop é um grande exemplo de união e determinação, que deve ser seguido por quem luta pelos trabalhadores”, disse o Marcelino Botelho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Minas Gerais.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de São Paulo, João Edilson Oliveira também falou da importância da união dos trabalhadores nesses momentos tão difíceis pelos quais passa o movimento sindical: “essa reforma trabalhista beneficia apenas os maus empregadores, justamente os que sonegam impostos e se apropriam do dinheiro dos trabalhadores. Tem de lutar incansavelmente contra esses desmandos e tentativas de desmobilizar o movimento sindical”.
Post Mario de Gomes – assessoria de imprensa
Em 8/11/2017
Foto: Fetracoop